Embaixada do Brasil no Líbano recomenda que brasileiros deixem o país devido a intensificação de bombardeios

A Embaixada do Brasil em Beirute emitiu nesta segunda-feira (23) um comunicado recomendando que brasileiros residentes ou em visita ao Líbano deixem o país, diante da intensificação dos bombardeios israelenses. Os ataques, que já provocaram a morte de ao menos 274 pessoas e deixaram mais de mil feridos, estão agravando a situação no território libanês.

A orientação da embaixada foi clara, mas incluiu uma ressalva importante: a saída deve ocorrer “por meios próprios”, sugerindo que, até o momento, não há planos para uma operação de repatriação organizada pelo governo brasileiro, como ocorreu em conflitos anteriores. A mensagem foi divulgada em um grupo de WhatsApp administrado pela embaixada, utilizado para manter comunicação direta com a comunidade brasileira no país.

No comunicado, a embaixada reforçou que os brasileiros que optarem por permanecer no Líbano devem tomar precauções. “Evitem o sul do país, áreas de fronteira e zonas reconhecidamente perigosas”, alertou o texto, ressaltando a importância de seguir as orientações das autoridades locais. Além disso, foi recomendado evitar aglomerações, protestos e buscar abrigo seguro. A embaixada também pediu que os brasileiros não compartilhem informações não verificadas, a fim de evitar a propagação de desinformação e pânico.

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A segunda-feira foi considerada o dia mais violento desde o início do atual confronto entre Israel e o Hezbollah, que já dura um ano. Segundo o governo libanês, entre as vítimas dos ataques estão mulheres, crianças e profissionais de saúde, agravando a crise humanitária no país.

A embaixada disponibilizou números de telefone e endereços para brasileiros que precisem de informações sobre abrigos e medidas de segurança. No entanto, reforçou a recomendação de que “aqueles que puderem, devem deixar o país por seus próprios meios”. A situação crítica também levou à reiterada recomendação de evitar viagens ao Líbano para aqueles que planejavam visitar o país.

Foto: Karamallah Daher