Usuários relatam retorno do X no Brasil, apesar de bloqueio judicial

Parte dos usuários da rede social X relatou que a plataforma voltou a funcionar nesta quarta-feira (18), mesmo com o bloqueio imposto no Brasil desde 30 de agosto. A suspensão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a empresa não cumprir a exigência de nomear um representante legal no país. Moraes estabeleceu uma multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento, incluindo o uso de ferramentas como VPN para acessar a rede.

Com a volta do X, o antigo nome da plataforma, “Twitter”, alcançou o primeiro lugar nos assuntos mais comentados no Brasil. Em segundo lugar, aparece a Bluesky, rede social que ganhou popularidade durante o período de bloqueio. Diversos usuários comemoraram o retorno da plataforma, inclusive torcedores de futebol, que usaram o espaço para compartilhar suas reações.

A suspensão do X foi ordenada após a empresa descumprir um prazo de 24 horas, estabelecido por Moraes, para indicar um representante legal no Brasil. O ministro determinou que a rede ficasse fora do ar até que todas as ordens judiciais fossem cumpridas, as multas pagas e um representante fosse nomeado.

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Moraes justificou a decisão citando o risco de impunidade e a criação de uma “terra sem lei” nas redes sociais brasileiras, especialmente em um período sensível como as eleições municipais de 2024. Ele também alertou para o perigo de grupos extremistas e milícias digitais usarem a plataforma para promover discursos de ódio, racismo e posições antidemocráticas.

O proprietário do X, Elon Musk, foi intimado a nomear um representante após repetidos descumprimentos das decisões judiciais. Em resposta, a rede social publicou uma nota na plataforma, classificando as decisões de Moraes como “ilegais” e “censura”. A empresa alegou que o bloqueio seria uma tentativa de silenciar opositores políticos.

A situação marca mais um capítulo das tensões entre o ministro Alexandre de Moraes e Elon Musk, em meio às discussões sobre a regulação das redes sociais no Brasil.