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Direita no Mundo

Chile questiona eleições na Venezuela; EUA expressam preocupação e Brasil permanece em silêncio

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Com o anúncio do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que declarou a vitória do presidente Nicolás Maduro nas eleições deste domingo (28), diversas reações internacionais surgiram rapidamente, levantando dúvidas sobre a transparência do processo eleitoral.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, manifestou sua preocupação e se recusou a reconhecer os resultados, afirmando que “nenhum resultado que não seja verificável será aceito”. Ele destacou a necessidade de transparência e a participação de observadores internacionais independentes para validar o processo eleitoral. “O regime de Maduro deve entender que esses resultados são difíceis de acreditar”, escreveu Boric na rede social X, ressaltando a demanda por clareza e legitimidade.

De Tóquio, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, expressou “sérias preocupações” sobre o resultado anunciado, indicando que o processo não reflete a vontade dos venezuelanos. Blinken pediu que todos os votos sejam contados de maneira justa e transparente, com acesso garantido à oposição e observadores independentes, destacando a importância de um processo eleitoral confiável.

Josep Borrell, chefe de política externa da União Europeia, também se pronunciou, enfatizando a necessidade de transparência na contagem de votos e acesso aos registros eleitorais. “O povo da Venezuela votou sobre o futuro de seu país de forma pacífica e em grande número. Sua vontade deve ser respeitada”, afirmou Borrell, reforçando a necessidade de garantir a integridade do processo eleitoral.

O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, classificou o processo eleitoral venezuelano como “viciado” e alertou que “não se pode reconhecer um triunfo se não se confia na forma dos mecanismos utilizados para chegar a ele”. Da mesma forma, a presidência da Costa Rica repudiou categoricamente o resultado da eleição venezuelana, considerando-o fraudulento.

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O Peru, através do ministro das Relações Exteriores, Javier Gonzalez-Olaechea, criticou as irregularidades do processo eleitoral e convocou o embaixador venezuelano para consultas. Gonzalez-Olaechea condenou as tentativas de fraude e enfatizou a necessidade de um processo justo e transparente.

Bernardo Arevalo, presidente da Guatemala, destacou a importância de resultados eleitorais transparentes e precisos que reflitam a vontade do povo venezuelano. Ele sublinhou a relevância das missões de observadores eleitorais para garantir a credibilidade do processo.

Em resposta às críticas, o governo venezuelano, através de um comunicado da Chancelaria divulgado pelo ministro Yvan Gil, denunciou o que chamou de “operação de intervenção contra o processo eleitoral”. Maduro, comemorando a vitória que lhe concederá um terceiro mandato a partir de janeiro, afirmou: “Temos de respeitar o árbitro e que ninguém pretenda manchar essa jornada bonita”.

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