Investigação sobre laudo médico envolvendo Pablo Marçal é transferida para a Justiça Eleitoral

A investigação da Polícia Civil sobre o laudo médico divulgado por Pablo Marçal (PRTB), que acusou Guilherme Boulos (PSOL) de ser usuário de cocaína, foi transferida para o Juízo de Garantias do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. O caso já tramita no tribunal devido a uma notícia-crime apresentada pelo PSOL.

No sábado (5/10), um dia antes do primeiro turno das eleições municipais, o juiz eleitoral Rodrigo Capez determinou a suspensão do perfil de Marçal no Instagram com base na notícia-crime. O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB terminou na terceira colocação, enquanto Guilherme Boulos e Ricardo Nunes (MDB) avançaram para o segundo turno.

O delegado William Wong, titular do 89º Distrito Policial da capital, explicou que a transferência visa evitar duplicidade nas investigações. “Tudo será apurado em um único procedimento pela Justiça Eleitoral, para evitar bis in idem”, afirmou, referindo-se ao termo jurídico que trata da duplicidade de investigação.

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Wong também destacou que a mudança não prejudica a apuração de eventuais crimes comuns. Se, além do crime eleitoral, for comprovada a existência de um crime comum, a Justiça Eleitoral encaminhará o caso para a Justiça Comum.

Menos de 24 horas após a divulgação do laudo médico falso por Pablo Marçal, uma perícia técnica do Instituto de Criminalística confirmou a falsidade do documento.