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Mensagens vazam e revelam insultos de filho de Lula à Janja

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Em uma mensagem no WhatsApp, o empresário Luís Cláudio Lula da Silva, filho do presidente Lula, dirigiu xingamentos à primeira-dama, Janja, chamando-a de “p*ta” e “oportunista”. O diálogo, revelado por um print obtido pela coluna, mostra uma conversa entre Luís Cláudio e sua então esposa, a médica Natália Schincariol. Essa troca de mensagens faz parte de um acervo de arquivos relacionados a uma investigação sobre violência doméstica envolvendo o filho mais novo do presidente.

Na manhã do dia 15 de setembro de 2023, às 10h05, Natália perguntou a Luís Cláudio: “O que vai fazer hoje?”. Quatro minutos depois, ele respondeu: “Tô indo tomar café. Mais tarde assino um termo de compromisso com aquela empresa que te mostrei. Final da tarde vou ver meu pai”. Natália, em tom casual, respondeu: “Que chique. Queria um café preto”.

Às 10h13, o empresário complementou sobre o encontro que teria com Lula, expressando descontentamento com a presença da madrasta, a socióloga Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja: “A p*ta vai estar junto”, escreveu, demonstrando desprezo. Mais adiante na conversa, Luís Cláudio reforçou sua opinião, chamando Janja de “oportunista”.

Naquela sexta-feira, Janja acompanhou Lula em uma viagem oficial a Cuba. Segundo registros do Planalto, o casal embarcou às 12h na base aérea de Brasília e chegou ao Aeroporto Internacional José Martí, em Havana, no fim da tarde, às 18h20. Luís Cláudio também estava em Cuba, onde se reuniu com o pai e posou para uma foto ao lado dele, capturada pelo fotógrafo oficial da Presidência, Ricardo Stuckert.

Em Havana, Lula participou do G77, principal grupo de países em desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU). O presidente brasileiro abriu os discursos da cúpula, com foco em estreitar laços diplomáticos com a China. No entanto, a tarefa mais desafiadora parecia ser estreitar a relação entre Luís Cláudio e Janja. Fontes próximas afirmam que o diálogo entre eles é limitado ao essencial e, nas redes sociais, o enteado não posta fotos com a madrasta, que também não aparece em fotos com o empresário.

Procurado para comentar a reportagem, Luís Cláudio negou a veracidade das mensagens: “Essa mensagem não existiu, não! Veja! Ela é esposa do meu pai e temos um ótimo convívio”, afirmou via WhatsApp. A coluna, contudo, mantém todas as informações publicadas.

Essa não é a primeira vez que Luís Cláudio se envolve em polêmicas. Em 2010, ele fez uma piada de cunho homofóbico relacionada a um jogo entre o São Paulo e o Monterrey, do México, pela Copa Libertadores da América: “Olha, contaram uma piada para mim… eu não achei graça, mas vou passar: Amanhã tem Monterrey contra um monte de gay… que pecado rsrs”. Após críticas, ele apagou o post e pediu desculpas.

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Natália Schincariol, procurada pela coluna, não retornou o contato. Janja também não se pronunciou, sendo informada pela sua antiga assessoria de imprensa que a primeira-dama não conta mais com o serviço individual.

Após Natália denunciar Luís Cláudio por agressões físicas e psicológicas em abril, Lula e Janja evitaram comentar publicamente o caso. No entanto, uma declaração do presidente em 16 de julho gerou repercussão. Lula disse: “Fiquei sabendo, Haddad, que tem pesquisa que mostra que, depois do jogo de futebol, aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável. Se o cara é corinthiano, tudo bem. Mas eu não fico nervoso quando perco, eu lamento profundamente”.

Nas redes sociais, internautas interpretaram a fala como um aval de Lula para a violência doméstica cometida por corinthianos, como seu filho Luís Cláudio. Em uma reunião no dia seguinte, Lula reclamou do destaque dado pela imprensa ao assunto, afirmando: “Muitas vezes você está vendo o telejornal, e o que predomina no telejornal não é a notícia completa. É uma frase da notícia, tirada de contexto, que, de preferência, se puder fazer intriga, melhor”.

O caso de Luís Cláudio continua a atrair atenção, refletindo a complexa dinâmica familiar e os desafios enfrentados pelo presidente Lula em meio a questões pessoais e políticas.

FONTE/CRÉDITOS: Paulo Cappelli/Metrópoles

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