Crise alimentar: 64 milhões de brasileiros afetados no primeiro ano do governo Lula, revela IBGE

No primeiro ano do governo do Partido dos Trabalhadores (PT), liderado pelo presidente Lula, dados alarmantes revelam a extensão da insegurança alimentar no Brasil. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 64 milhões de pessoas, o equivalente a uma em cada quatro residências do país, enfrentaram a ameaça constante da fome ou a incerteza sobre o próximo alimento durante o ano de 2023.

Dentro desse contingente, quase 12 milhões de indivíduos vivenciaram uma difícil jornada para acessar alimentos básicos, enquanto outros 8,6 milhões estavam à beira da fome, revelando uma realidade angustiante e desafiadora para milhões de brasileiros. Os números não só evidenciam a magnitude do problema, mas também destacam a disparidade de gênero na condução dos lares afetados, com 59,4% dos domicílios em insegurança alimentar sendo chefiados por mulheres, uma diferença marcante de 18,8 pontos percentuais em relação aos domicílios liderados por homens.

A pesquisa revela ainda que, em mais da metade dos lares (50,9%) com insegurança alimentar moderada ou grave, o rendimento domiciliar per capita era inferior a meio salário mínimo, lançando luz sobre a interseção entre pobreza e insegurança alimentar no país. Regiões como o Norte e o Nordeste, apesar de apresentarem mais da metade dos moradores com acesso pleno e regular aos alimentos, registraram as maiores proporções de domicílios nessa situação, evidenciando desafios estruturais persistentes nessas áreas.

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O Sul desponta como a região com maior participação de domicílios em segurança alimentar (83,4%), contrastando com as realidades do Norte e do Nordeste. As Regiões Centro-Oeste e Sudeste também apresentaram percentuais significativos de lares em segurança alimentar, porém, os desafios permanecem em diversas áreas do país. Esses dados, fundamentados na Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), reforçam a necessidade de políticas públicas eficazes e medidas concretas para enfrentar a crise alimentar que assola milhões de brasileiros, destacando a urgência de ações coordenadas e abrangentes para garantir o direito básico à alimentação para todos.