Ex-secretário Braguinha é alvo de operação da PF por venda ilegal de R$ 180 milhões em créditos de carbono

Manaus, AM – João Coelho Braga, conhecido como “Braguinha”, ex-secretário da Secretaria de Cidades e Territórios (Sect), é alvo da Operação Greenwashing da Polícia Federal (PF). A investigação apura a venda ilegal de R$ 180 milhões em créditos de carbono provenientes de áreas invadidas no Amazonas. A PF cumpre mandados judiciais desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (5), incluindo uma ação no condomínio de luxo Renaissance, localizado no bairro Dom Pedro, onde reside o ex-secretário.

Braguinha, que além da Sect já esteve à frente da Superintendência de Habitação do Estado (Suhab) e outras secretarias municipais, encontra-se no centro desta investigação que promete revelar um esquema complexo e altamente lucrativo de exploração ilegal de recursos naturais. As ações da PF nesta operação visam desmantelar uma rede que teria se apropriado de terras públicas para lucrar com créditos de carbono, um mecanismo importante na luta contra as mudanças climáticas, mas que aqui teria sido corrompido.

A PF não se limitou à residência de Braguinha; agentes também estão presentes em outro endereço no bairro Parque 10, na zona sul de Manaus, e na Baixada Fluminense, na zona norte do Rio de Janeiro. Esses locais estão ligados a outros suspeitos envolvidos no esquema, ampliando o alcance da operação e indicando uma rede possivelmente extensa e bem organizada.

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Os créditos de carbono, cuja venda ilegal soma R$ 180 milhões, representam um montante significativo que, segundo as investigações, provém de áreas da União invadidas. Este valor destaca a magnitude do esquema e a importância da operação para a proteção dos recursos ambientais e a integridade dos mecanismos de mercado de carbono.

A operação Greenwashing expõe mais uma vez a vulnerabilidade das instituições e dos mecanismos ambientais brasileiros à corrupção e à ganância. A prisão de Braguinha e a busca em diversos locais evidenciam um esforço coordenado para combater crimes que, além de financeiros, têm profundo impacto ambiental. A investigação continua e promete desdobramentos que poderão revelar ainda mais sobre as ramificações deste esquema.