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Direita no Amazonas

Mais uma liderança política da Direita em Manaus

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Na entrevista de hoje nosso convidado é o delegado Costa e Silva, que há 13 anos atua na segurança pública do Estado, pós-graduado em Direito Penal e Processo Penal, mestre em Ciências Jurídicas.

Pergunta – Delegado Costa e Silva, me fale um pouco mais de você, da sua pessoa, idade e onde nasceu?

Resposta – Bem, eu nasci em Brasília, tenho 41 anos, meu pai era funcionário da Embrapa e minha mãe dona de casa. Quando nasci meu pai tinha 18 anos e minha mãe 16 anos. Eles sempre me contaram as dificuldades que passaram para poder me criar. Isso inclusive era uma forma de me ensinar para que eu valorizasse isso e crescesse como um homem independente.

Eu sempre quis ser policial. Durante todo período escolar, inclusive faculdade, eu pegava ônibus, assim como a maioria dos estudantes. No caminho da faculdade sempre estava lendo algum material, ainda que não tivesse lugar para sentar no metrô, ia lendo em pé mesmo.

Aos 24 anos me formei em Direito e fiz o exame da OAB para pegar a carteira e advogar, mesmo sabendo que meu objetivo era a polícia. Durante 18 meses de estudo para concurso de delegado, cheguei a pegar algumas ações judiciais para levantar recursos e manter meus estudos. Não foi nada fácil.

Pergunta – Como foi esse processo de estudo para fazer concurso para delegado?

Resposta – Assim que terminei a faculdade eu engatei nos estudos e fui fazendo um concurso atrás do outro em estados diferentes, até ser aprovado no Amazonas. O que eu posso tirar de aprendizado e dar conselho para quem está nesse mesmo caminho, é que não desistam, mantenham o ritmo, fé, determinação e paciência. O momento de cada um chega, isso é inevitável, pode confiar!

Pergunta – Como foi sua experiência deixar os familiares para trás e viver uma nova vida no Amazonas?

Resposta – Quando cheguei em Manaus em 2009 recordo-me como se fosse hoje o avião sobrevoando o lago Tarumã para posicionar a aeronave para o pouso. Me deparei com aquela riqueza natural de muita água e mata, vi quanta riqueza temos neste belo estado. Daí em diante graças a Deus tudo ocorreu bem. Fui empossado em 2011, fiz novos amigos, conheci novas pessoas, sempre fui muito bem recebido. Conheci a culinária local, o jaraqui, farinha uarini, açaí (já gostava muito), o doce de cupuaçu, sardinha frita, tambaqui, queijo coalho e tucumã. Além disso, gosto muito de pescaria e quase toda temporada vou pescar com minha esposa, a Vângela, filha de Lábrea, sul do Amazonas, aliás um tucunaré frito também é muito bom.

Pergunta – Durante sua trajetória na polícia, quais unidades você chefiou, e quais desafios você vê para a segurança pública?

Resposta – Nesses treze anos de Polícia, tive a oportunidade de chefiar a delegacia de Coari, e na capital em bairros como Grande Vitória, Cidade de Deus, Parque Dez, Ponta Negra, sem esquecer da Delegacia Fluvial.

Vejo que a pedra do sapato da segurança pública no estado é o tráfico de drogas, porque geograficamente fazemos fronteira com outros países que produzem a droga e mandam pelos nossos rios do Amazonas. Há um desafio tremendo a ser enfrentado, que vai desde o combate aos grandes chefes do tráfico, usando inteligência e todas ferramentas jurídicas para bloquear bens, contas bancárias e aprender material ilícito, com barreiras policiais nas principais calhas. Além diss o, mas tão importante quanto, é o trabalho nas escolas com os adolescentes, visando conscientizá-los dos malefícios da droga, e o caminho final que pode terminar até com a morte. Aliás, o Amazonas está entre os três estados com maior violência do Brasil. Por isso a educação é uma grande ferramenta de combate à violência.

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Pergunta – E porque você decidiu entrar na política?

Resposta – No ano de 2018 vi que havia um grande sentimento de mudança em todo Brasil, muitos brasileiros indignados com o sistema, quando o presidente Jair Messias Bolsonaro trouxe uma nova mentalidade para a política brasileira, inclusive minha avó de 77 anos passou a acompanhar política de perto depois disso.

Foi com esse sentimento de mudança que decidi concorrer em 2018 para deputado estadual. Apesar se não ter ganhado a eleição tive uma votação boa para um marinheiro de primeira viagem. Em seguida, no ano de 2020 eu fui candidato a vice-prefeito de Manaus na chapa com Coronel Menezes. Tivemos uma boa votação, mas ficamos em quarto lugar. Em seguida, no ano de 2022 vim para Deputado Federal e fiquei como segundo suplente do Deputado Federal Capitão Alberto Neto, hoje nosso pré-candidato a prefeito de Manaus.

Pergunta – Que sentimento você teve quando começou a lidar com essas questões políticas?

Resposta – Percebi nos atendimentos nas delegacias que as pessoas tem muitos problemas além da segurança. Reclamam da falta de iluminação pública, de quadras de esporte deterioradas, da falta de água, dos assaltos nos ônibus, dos filhos e parentes viciados em drogas. Fora isso, percebo com meus olhos que o Amazonas tem um potencial imenso para o agronegócio, a psiculcutura, a exploração legalizada de minérios, além do potencial de captação de energia solar, gás natural e a atividade industrial. Posso afirmar que os amazonenses merecem estar numa condição melhor do que se encontram hoje, mais ainda a população ribeirinha que sofre as mazelas da distância e falta de cuidados, como boa saúde e educação.

Enfim, preciso destacar que nós somos produto do meio que vivemos, por isso é fundamental que façamos de nossa cidade um lugar bom para se viver, onde as pessoas respeitem umas as outras, um local onde o trabalhador possa ir e vir do seu trabalho em um transporte de qualidade, acessível, sem roubo de bolsas e telefone, acessibilidade à rede de saúde e inclusão para PCD’s, desenvolvimento e preservação do meio ambiente, dentre outros pontos importantes.

Pergunta – Esse ano de 2024 você concorrerá a algum cargo?

Resposta – Sim, este ano sou pré-candidato a vereador de Manaus, pelo Partido Liberal (PL). Como um homem cristão, defensor da família como ente maior na sociedade, afirmo que poderei ajudar com minha experiência a melhorar a vida das pessoas, colaborando para uma cidade melhor.

Vejo como maior desafio convencer as pessoas que a participação delas é extremamente importante. O direito ao voto para todos foi uma conquista que não pode ser renunciada. É muito importante participar do processo democrático para conhecer os pré-candidatos, suas propostas e intenções, e não se deixar levar por falsas promessas ou mesquinharia em troca de voto.

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