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Parlamento Europeu reconhece Edmundo González como presidente legítimo da Venezuela

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O Parlamento Europeu reconheceu nesta quinta-feira (19) Edmundo González Urrutia como o “presidente legítimo e democraticamente eleito” da Venezuela, após a controversa reeleição de Nicolás Maduro em 28 de julho.

Em uma resolução aprovada com 309 votos a favor, 201 contra e 12 abstenções, os eurodeputados pedem à comunidade internacional que exerça “toda a pressão possível” sobre o governo de Maduro e seu círculo próximo, para que respeitem a vontade do povo venezuelano e reconheçam González Urrutia como o legítimo presidente.

González Urrutia, que está refugiado na Espanha desde 8 de setembro, alega ter vencido as eleições de 28 de julho. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), no entanto, proclamou Maduro como vencedor para um terceiro mandato consecutivo de seis anos (2025-2031), resultado validado pela Suprema Corte de Justiça, instituições acusadas de servirem ao governo.

Após o reconhecimento do Parlamento Europeu, González Urrutia agradeceu em uma publicação na rede social X, dizendo que esse ato vai além de sua pessoa, sendo um reconhecimento da “vontade soberana do povo venezuelano”. Em um vídeo, ele explicou que deixou a Venezuela devido a “pressões indescritíveis” e “ameaças extremas”, denunciando uma “terrível onda de repressão” promovida pelo governo chavista.

A oposição venezuelana, liderada por González Urrutia e María Corina Machado, acusa Maduro de fraude e afirma ter evidências que comprovam a vitória do opositor. Eles publicaram cópias de 80% dos relatórios eleitorais em um site, supostamente confirmando o resultado.

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Embora a União Europeia rejeite a reeleição de Maduro, ainda não reconheceu oficialmente González Urrutia como “presidente eleito”, solicitando a divulgação oficial do total de atas eleitorais. Josep Borrell, chefe da diplomacia da Comissão Europeia, classificou o governo Maduro como “ditatorial” no último domingo.

A resolução do Parlamento Europeu pede que a União Europeia faça o necessário para garantir que González Urrutia assuma o cargo em 10 de janeiro de 2025. Observadores internacionais também afirmam que as eleições não atenderam aos padrões de integridade eleitoral.

Até o momento, Estados Unidos, Argentina, Uruguai, Peru, Equador, Costa Rica e Panamá já reconheceram a vitória de González Urrutia. Brasil, México e Colômbia, que atuam como mediadores entre o governo e a oposição, exigem a apresentação dos registros eleitorais.

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