O futuro de Moro será decidido em poucos dias…

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou o julgamento dos recursos do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Liberal (PL) que solicitam a cassação do mandato do senador Sergio Moro, do União-PR, ex-juiz da Operação Lava Jato, por alegado abuso do poder econômico e outros delitos eleitorais durante a pré-campanha das eleições de 2022. O relator do caso no TSE, ministro Floriano de Azevedo Marques, apresentou o relatório com a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que rejeitou, por maioria de 5 a 2, a cassação do senador. A continuação do julgamento está agendada para a próxima sessão plenária, marcada para as 19h da próxima terça-feira (21), com as sustentações orais da defesa de Moro, dos advogados do PT e PL, e da Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE).

No centro das acusações está a movimentação financeira na pré-campanha de Moro quando ainda estava no Podemos. O Ministério Público aponta que cerca de R$ 2 milhões do Fundo Partidário foram utilizados em eventos de filiação e produção de vídeos promocionais, antes de Moro se candidatar ao Senado pelo partido União Brasil, gerando alegações de “desvantagem ilícita” em relação aos demais concorrentes ao cargo de senador. O PL e o PT alegam gastos irregulares de R$ 7 milhões e R$ 21 milhões, respectivamente.

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Os advogados de Moro negam irregularidades e defendem a manutenção do mandato do senador, argumentando que a suposta pré-campanha “mais robusta” não influenciou sua eleição no Paraná. Entretanto, a saída iminente do ministro Alexandre de Moraes do TSE levanta questões sobre o futuro dos julgamentos que podem impactar a elegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nos bastidores do Congresso, há discussões sobre um projeto de lei que poderia anular decisões do TSE e restaurar os direitos políticos de Bolsonaro, o que poderia resultar em uma reviravolta significativa no cenário político. Vale destacar que o ministro Nunes Marques está previsto para assumir a presidência da Corte em 2026.