Trump ameaça prender Zuckerberg por interferência em eleições

O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato à presidência pelo Partido Republicano, Donald Trump, fez uma ameaça direta a Mark Zuckerberg, fundador da Meta, afirmando que o bilionário será preso caso interfira “novamente” em eleições. Essa declaração está presente em seu novo livro, “Save America” (“Salve os Estados Unidos”, em tradução literal), que será lançado na terça-feira (3.set.2024).

Trump e seus aliados acusam Zuckerberg de ter conspirado contra a campanha republicana durante as eleições presidenciais de 2020. Em particular, eles alegam que a Meta ocultou comentários nas redes sociais sobre um suposto escândalo de corrupção envolvendo Hunter Biden, filho do atual presidente Joe Biden (Partido Democrata), o que poderia ter prejudicado a campanha de Biden na época. A Meta não comentou as ameaças e acusações feitas por Trump.

Em seu livro, Trump declara: “Estamos observando-o [Zuckerberg] de perto, e se ele fizer algo ilegal desta vez, passará o resto da vida na prisão — assim como outros que trapacearem na eleição presidencial de 2020”. Essa afirmação reflete a contínua narrativa de Trump de que a eleição de 2020 foi marcada por irregularidades, apesar da falta de provas concretas para sustentar tais alegações.

Recentemente, Zuckerberg admitiu ao Comitê Judiciário da Câmara que a ocultação de comentários sobre o caso de Hunter Biden foi um erro. Ele afirmou: “Ficou claro que a reportagem não era desinformação russa e, em retrospecto, não deveríamos ter ocultado a história”. Além disso, Zuckerberg mencionou que a administração Biden pressionou a Meta para reduzir a circulação de certos conteúdos relacionados à pandemia de covid-19, o que adiciona mais uma camada de complexidade ao relacionamento entre as grandes empresas de tecnologia e o governo.

As declarações de Trump, combinadas com as recentes admissões de Zuckerberg, ressaltam as tensões contínuas entre o Partido Republicano e as grandes plataformas de mídia social, especialmente em relação ao papel dessas empresas nas eleições e na disseminação de informações. A ameaça de prisão feita por Trump marca um novo capítulo nesse embate, que promete ser um tema central na corrida presidencial de 2024.