Reformas milionárias: os altos custos de Lula e Janja com mobília

Quase uma semana após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a primeira-dama, Janja, convidou a maior emissora de televisão do país para mostrar a falta de conservação do Palácio da Alvorada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). “O que a gente percebe é que não teve cuidado, manutenção”, declarou Janja à TV Globo, acusando a gestão anterior de ter “furtado” alguns móveis.

A verdadeira intenção da primeira-dama ficou clara dias depois: justificar os altos gastos planejados para a compra de nova mobília. Entre as aquisições de Lula e Janja, destacam-se um tapete por R$ 114 mil, um sofá reclinável comprado sem licitação por R$ 65 mil, uma cama de couro de grão natural por R$ 42 mil, uma mesa por R$ 36 mil, três poltronas por R$ 29 mil, um enxoval completo por R$ 131 mil, persianas e cortinas por R$ 202 mil e a troca do piso da Granja do Torto por um vinílico, ao custo de R$ 156 mil. No total, as reformas e compras de móveis somaram quase R$ 26,8 milhões, todos pagos com dinheiro dos contribuintes.

A nova mobília do Palácio da Alvorada parece confirmar a frase dita por Lula em 2022, durante a campanha eleitoral: “Gosto de coisa boa, quero comer bem, quero morar bem, quero viver bem”. Os móveis que supostamente haviam sido furtados por Jair e Michelle Bolsonaro foram “magicamente” encontrados em uma sala do próprio Palácio do Planalto no início deste ano.

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As mudanças nos imóveis públicos feitas por Lula não são novidade. Em seu primeiro mandato, o petista já havia deixado claro que trataria o patrimônio público com um toque pessoal. Em 2004, sua então esposa, Marisa Letícia, plantou um canteiro de sálvias vermelhas em formato de estrela no jardim do Palácio da Alvorada, uma clara referência à estrela do Partido dos Trabalhadores (PT), em um jardim tombado pela União.

O uso de recursos públicos para reformas luxuosas e compras extravagantes tem gerado críticas e levantado questões sobre a prioridade do governo em um momento de desafios econômicos significativos. Com valores tão altos investidos em mobília e decoração, a gestão atual precisa enfrentar a crescente pressão para justificar esses gastos diante da opinião pública.

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Foto: Reprodução/Instagram/Janja Lula